segunda-feira, 20 de julho de 2009

Houston, tranquility base here. The Eagle has landed.

No dia quatro de outubro de 1957, entrou em órbita o primeiro satélite artificial fabricado pelo homem.
Do espaço o Sputnik 1 emitiu um único som: Bip. Sem dúvida um bip que entrou para a história.
Um mês após o lançamento do Sputnik 1, no dia três de novembro de 1957, foi lançado ao espaço o Sputnik 2 e nele estava a cadela Laika, da raça de cães siberiana, o primeiro ser vivo a orbitar a Terra.

Laika morreu poucas horas após o lançamento do Sputnik 2, provavelmente pela combinação do stress, com o confinamento em local tão pequeno e o superaquecimento causado por falha no controle térmico da nave.
Essa experiência pretendia demonstrar a possibilidade de um animal suportar as condições de microgravidade existente em vôos espaciais. Em quatorze de abril de 1958, após 163 dias e 570 órbitas em torno da Terra Sputnik 2 explodiu ao entrar em contato com a atmosfera.
A morte de Laika era prevista pelas condições e pela rapidez com que os cientistas foram obrigados a concluir o Sputnik 2, para que o seu lançamento coincidisse com a comemoração da revolução russa. Era a guerra fria e na corrida espacial americanos e soviéticos não poupavam esforços.
No dia doze de abril de 1961, o astronauta russo Yuri Gagarin, a bordo do Vostok 1, tornou-se o primeiro homem em órbita ao redor do planeta Terra. A viagem durou uma hora e quarenta e oito minutos e Gagarin entrou para a história com seu feito e a frase: “A Terra é azul”.
No mesmo ano o presidente Kennedy declarou que naquela década um americano pousaria na lua:” We chose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy but because they are hard.”
No dia dezesseis de julho de 1969, quarta feira, na plataforma de lançamento A, complexo 39 do Kennedy Space Center no Cabo Canaveral, Flórida, foi lançado o foguete Saturno V acoplado a Apollo 11 (quinta missão tripulada do Programa Apollo) com três astronautas: Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins.
Quatro dias após, às 23h e 56 min (horário de Brasília) do dia vinte de julho de 1969, enquanto Collins permanecia em órbita no módulo de comando Colúmbia, Armstrong e Aldrin pousaram no mar da tranquilidade (área plana formada por lava basáltica solidificada, que fica na face brilhante da lua) com o módulo lunar Eagle.
Assim, Armstrong, então com 38 anos de idade, entrou para a história como o primeiro homem a pisar (ele escolheu o pé esquerdo) na lua e avistar a Terra de lá. Essa façanha o inspirou na criação da célebre frase: “É um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.”
Por duas horas os astronautas recolheram vinte e sete amostras de pedras e poeira do solo lunar, deram pulinhos (por conta do campo gravitacional da lua), tiraram fotos, instalaram um sismógrafo, um refletor de raios laser, uma antena de comunicação, um painel para proteção contra a radiação solar e uma câmara de TV. Fincaram uma bandeira dos Estados Unidos feita com haste metálica e tecido de nylon e colocaram a placa assinada pelos três astronautas e por Richard Nixon, com os seguintes dizeres: “Here men from Planet Earth first set foto upon the moon. July 1969 A.D. We came in peace for all mankind”.
Aldrin foi o primeiro homem a fazer xixi na lua, mas ele não entrou para a história também por isso.
Li que Buzz Aldrin levou consigo um estojo com os elementos necessários para a comunhão cristã, preparado pelo pastor de sua igreja, e na lua fez questão de comungar. Os três voltaram para Terra no dia 24 de julho de 1969 e a missão Apollo 11 teve a duração de oito dias, três horas e dezoito minutos.
Com o tempo a lua perdeu seu apelo inicial e voltamos nosso interesse aos demais planetas e galáxias.
A realidade sobre Kennedy superou os comentários da época, Nixon foi sujeito de fraude eleitoral e escândalo, Houston teve outros problemas. A guerra fria acabou, assim como a união soviética e outros problemas começaram.
Os satélites artificiais em órbita ao redor da Terra são tantos, alguns tão obsoletos, que corremos o risco de despencarem direto do espaço sideral sobre nossas cabeças.
Ainda desconhecemos a cura para várias doenças, ainda existem pessoas sem qualquer assistência e respeito aos seus direitos e há os que ainda acreditam que a chegada do homem à lua não passou de invenção de algum produtor de Hollywood.
Eu me lembro da reação de meus pais, principalmente de meu pai, e do meu sentimento ao ver pela televisão as primeiras imagens de Aldrin e Armstrong na lua: um misto de orgulho e encantamento pela conquista que era de todos nós.

Nenhum comentário: