Qual é a dessa petulante alta, magrela, pernas compridas, nariz e bumbum arrebitados, cheia de dengos, capciosa, cinturinha fina, tão fina, por pura inveja apelidada de “cinturão de fogo”, que sem ser convidada resolveu percorrer nosso planeta do sul ao norte? Por que, de repente, as placas de Nazca, a Sul-americana, a Norte-americana, a Eurasiana, a Arábica, a Indo-australiana, a Africana e a Polar ficaram tão alvoroçadas, impacientes, mal educadas, irrequietas meninas salientes, as oito apaixonadas por San Andreas, garoto atrevido e cheio de falhas, mal-humorado, sem eira nem beira, que vive a viajar pelo Alaska, Ásia, Japão, Filipinas, Indonésia, Malásia, Birmânia - como tem fôlego esse rapaz, Índia, península arábica, Turquia, Grécia, Itália e Portugal? O que existe de tão interessante nas “zonas de convecção”, locais de encontros e agito preferidos pelas placas tectônicas e pelas não tão tectônicas assim, para namoros e festas rave, que sempre acabam em atritos, choques e confrontos?
Esses abalos sísmicos acontecem de hora pra outra, sem aviso prévio, sem que ninguém saiba quando nem onde, tampouco pra que lado correr.
Tanta gente estuda, tanto equipamento ajuda, tanto investimento é feito, mas ainda não aprendemos a antecipar e nos proteger do inevitável. Será? Somos terrivelmente limitados.
Um comentário:
Eu sei o que é, teve um quando morei em Madrid, foi a coisa mais estranha que já senti. O pessoal sul-americano nem ligou, só eu fiquei espantada. Minha colega da Venezuela disse que a vida dela em Caracas era sair correndo para a rua, seja de toalha, seja de camisola, estava muito acostumada.
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