Anthony Bourdain não é um chef de cuisine tradicional - enquanto escrevo esta frase penso em Jamie Oliver e Nigella Lawson (meus queridinhos) que também quebraram algumas regras e paradigmas culinários, mas Bourdain não se enquadra na jovialidade de Oliver, nem na rápida praticidade de Nigela. Bourdain é simpático, irônico, às vezes sarcástico, curte rock, fuma demais, aparentemente bebe demais, se sente bem em qualquer biboca ao redor do mundo (se estou na rua, sentado numa cadeira de plástico perto de uma mesa de plástico, bebo cerveja, experimento as comidas locais e os cães comem os restos, sei que estou no melhor lugar), come e bebe coisas inimagináveis e tem o jeitão bad boy, roqueiro meio decadente, com calças jeans e casaco de couro, sorriso maroto, muito parecido com o garoto rebelde da nossa juventude, por quem sentíamos tanta atração, mas sequer imaginávamos apresentar aos nossos pais – aliás, ele se casou com a namorada da escola. Eu sei, é fácil se apaixonar por ele.
Seus livros mais vendidos: Kitchen Confidential, A Cook’s Tour, The Nasty Bits.
Seu blog e seu programa transmitido pelo Travel Channel
Um comentário:
Veja só: eu vi esta belezura quando ele esteve aqui em Salvador filmando o programa. É alto, bastante alto.
Já li: Cozinha confidencial (Companhia das Letras, 2001) - você iria amar! -, Em busca do prato perfeito (Companhia das Letras, 2003)- maravilha, é ele pelo mundo, uma delícia! -, Bobby Gold Leão-de-chácara (Cia das Letras, 2005) - não é sobre culinária, a história é muito bem escrita -, Maus bocados (Cia das Letras, 2008) - estilo de crônicas, versa sobre momentos curiosos, fala de comida etc.
O primeiro deles, que é sobre a vida no restaurante Les Halles, onde começou, é o mais instigante. Ótimo estilo, leitura prazerosa.
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