segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

The memory of the field is lost with the loss of its herbs

"The rush of battle is often a potent and lethal addiction, for war is a drug."

Eu também entrei na onda e assisti ao filme The Hurt Locker (Guerra ao Terror), 2008, “da mulher de James Cameron” - quanto engano nessa qualificação.
Nos anos oitenta, Kathryn Bigelow foi supervisora de scripts, atriz, roteirista e dirigiu seu primeiro filme.
Em 1991, conquistou o sucesso com Point Break (Caçadores de emoção) sobre gangue de surfistas, liderada por Patrick Swayze, que roubava bancos e desafiava o perigo em imensas ondas ao redor do mundo e o policial boa pinta, Keanu Reeves, infiltrado na quadrilha. Imagens sensacionais, adrenalina e emoções garantidas.
Após dez filmes a cineasta, que foi casada com Cameron por dois anos e meio (1989/1991), filmou The Hurt Locker, sobre a guerra contra o Iraque e equipe de soldados especializados no desarme das inúmeras bombas espalhadas por terroristas em solo iraquiano. Guardadas as devidas proporções lembrei de Marguerite Yourcenar e sua brilhante obra escrita em primeira pessoa, “Memórias de Adriano”, sobre a vida do imperador romano.
A tensão e a violência são magistralmente apresentadas através de excelente trabalho de câmera, assim como são representados os dilemas morais, éticos, a manutenção da humanidade e da solidariedade em ambiente tão hostil, além dos distúrbios emocionais sofridos pelos soldados norte-americanos. Sem qualquer julgamento sobre a guerra, tampouco sobre o comportamento dos soldados, Bigelow realizou um dos melhores filmes de guerra, apreciado mesmo por quem não gosta do tema.

Um comentário:

Gerana Damulakis disse...

Interessante a disputa da maior bilheteria ter ficado entre os 2 filmes, o dele (Avatar) e o dela.