sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rapidela

Livros para ter na bolsa, ao lado, esquecer da vida, ou, relembrar o que merece ser relembrado? Livros deliciosos de ler? A volta ao dia em 80 minutos, de Julio Cortázar, tomos I e II, da editora Civilização Brasileira. Irreverentes, ternos e provocativos, segundo a crítica. Imperdíveis. Louis, enormíssimo cronópio... Parece que o passarinho mandão mais conhecido como Deus soprou no flanco do primeiro homem para animá-lo e lhe dar espírito. Se em vez do passarinho fosse Louis quem estivesse ali para soprar, o homem teria saído muito melhor, sobre o concerto de Louis Armstrong no dia nove de novembro de 1952, em Paris.


Que tal conhecer um pouco mais Tomas Eloy Martinez através de seu livro O vôo da rainha - Soberba, da série plenos pecados da editora Objetiva?  Será que foi à toa que o texto sobre o mais grave pecado capital, consoante a doutrina religiosa vigente, tenha sido encomendado ao talentoso Martinez? Para quem divertiu-se com o hilário A casa dos Budas ditosos, de João Ubaldo Ribeiro (sobre o pecado da luxúria), apreciou o Clube dos anjos, de Luis Fernando Veríssimo (sobre o pecado da gula), além do Mal secreto, de Zuenir Ventura (inveja), Xadrez, truco e outras guerras, de José Roberto Torero (ira), Canoas e marolas, de João Gilberto Noll (preguiça) e Terapia, de Ariel Durmam (avareza), a história sobre o jornalista fisgado pela soberba, em hipótese alguma, pode ser deixada de lado.



Sim, sim Marlon Brando está excelente em O poderoso chefão (The godfather), 1972, de Coppola, filme que o deixou tão encantado, meu filho, a ponto de você colocar parte da trilha sonora como toque das ligações recebidas de seu progenitor - você e seu senso de humor irreverente - mas, Brando não é só este e outro filme do mesmo diretor, o genial Apocalypse Now, 1979, muito menos seu caricato personagem em a  Ilha do Dr. Moreau (The island of. Dr. Moreau), 1996, de John Frankenheimer e está bem longe do Don Juan de Marco, 1995, de Jeremy Leven. A exemplo dos filmes iranianos, sudaneses, tailandeses e chineses que você assistiu ao meu lado, em época que ninguém falava ou conhecia sobre filmes iranianos, providenciei dois mimos, querido, para você conhecer um pouco mais sobre Brando sem seus quilinhos a mais: Uma rua chamada pecado (A streetcar named desire *), 1951 e Sindicato de ladrões (On the waterfront), 1954, os dois de Elia Kazan (marque bem esse nome, filhão, porque qualquer filme de Elia Kazan vale a pena ser assistido). E se você se comportar direito, quem sabe, ganhará de presente O último tango em Paris (Last tango in Paris) 1972, mais um Coppola! e Duelo de Gigantes (Missouri Breaks), 1976, de Arthur Penn.
Você entende o quanto Brando era genial, meu filho, a ponto de em seu segundo filme (*) ter sido indicado ao Oscar?
Penso melhor e antes dos dois filmes complementares de Brando, providenciarei um pouco de Peter Sellers em Dr. Strangelove or: How I learned to stop worrying and love the bomb, 1964, de Stanley Kubrick, Patton, 1970, de Franklin J. Schaffner e O encouraçado Potemkin, 1925, de Serguei Eisenstein. Apocalypse Now, Patton e O encouraçado Potemkin eu assisti com seu avô.

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