“O câncer é uma moléstia de perfeita curabilidade, quando tratada a tempo.” Esta frase foi dita em 1933, pelo Professor Doutor Antônio Prudente de Moraes, excelente, vocacional e dedicado médico, neto do primeiro presidente civil do Brasil e casado com a admirável Carmen Prudente.
Em 1934, Antônio Prudente fundou a Associação Paulista de Combate ao Câncer - APCC e a incansável e sempre sorridente Carmen criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer - RFCC, formada por voluntárias vestidas com aventais cor-de-rosa. O hospital do câncer da cidade de São Paulo continua na mesma rua, uma travessa da Tamandaré e da Vergueiro, mas o prédio construído com ajuda e doações foi reformado, modernizado e a entrada não é mais feita de vidro sustentado por ferro pintado de azul. Os lençóis, as roupas usadas pelos pacientes e os brinquedos das crianças com os cabelos raspados, não são mais provenientes das doações feitas pela população da cidade e do Estado de São Paulo, graças ao empenho de dona Carmen e das voluntárias. Era ao hospital do câncer que minha mãe me levava para entregar roupas e brinquedos e era ao mesmo local, que eu levava meu filho para aprender o significado de doar. O sorriso e o carinho de dona Carmen sempre me encantaram e me lembro bem de seu cabelo curtinho e meio azulado, igual ao da minha madrinha Fanny. Carmen Prudente era feita de dedicação, decisão e carinho, assim como minha mãe, que a conhecia e admirava. Essas duas queridas mulheres de estatura baixa, perseverantes e com sorrisos encantadores, vieram ao mundo para fazer verdadeira diferença. Ambas abnegadas e benemerentes, escolheram os filhos que quiseram adotar.
Na década de oitenta a palavra câncer surgiu de forma inesperada e me levou de volta ao mesmo hospital, para buscar vacinas que trouxessem algum alívio para meu pai. À época, através da mesma porta envidraçada com a parte de ferro pintada de azul, as crianças com seus cabelos raspados confirmavam a certeza de que a doença desconhece o que é justo, ou não. Agora, passados vinte e quatro anos da morte de meu pai, e um mês depois da conversa séria que tive com pessoa tão querida, um dos anjos que surgiu em minha vida - me inspirei em você e a bendisse o tempo todo para que sua vida seja plena de amor, saúde, bênçãos e proteção - me enchi de coragem, segurei o temor, fingi que sou forte e fui aprender mais sobre câncer, exames e procedimentos. O amparo, o que me permitiu uma certa leveza e me integrou ao lugar, ao movimento daquele hospital, foram as adoráveis imagens de dona Carmen e seu marido, que enfeitam as paredes do ambulatório feminino, foi rever os aventais com a idêntica tonalidade cor-de-rosa das senhoras voluntárias e com tudo isso, trazer minha mãe de volta, bem perto de mim.
Em 1934, Antônio Prudente fundou a Associação Paulista de Combate ao Câncer - APCC e a incansável e sempre sorridente Carmen criou a Rede Feminina de Combate ao Câncer - RFCC, formada por voluntárias vestidas com aventais cor-de-rosa. O hospital do câncer da cidade de São Paulo continua na mesma rua, uma travessa da Tamandaré e da Vergueiro, mas o prédio construído com ajuda e doações foi reformado, modernizado e a entrada não é mais feita de vidro sustentado por ferro pintado de azul. Os lençóis, as roupas usadas pelos pacientes e os brinquedos das crianças com os cabelos raspados, não são mais provenientes das doações feitas pela população da cidade e do Estado de São Paulo, graças ao empenho de dona Carmen e das voluntárias. Era ao hospital do câncer que minha mãe me levava para entregar roupas e brinquedos e era ao mesmo local, que eu levava meu filho para aprender o significado de doar. O sorriso e o carinho de dona Carmen sempre me encantaram e me lembro bem de seu cabelo curtinho e meio azulado, igual ao da minha madrinha Fanny. Carmen Prudente era feita de dedicação, decisão e carinho, assim como minha mãe, que a conhecia e admirava. Essas duas queridas mulheres de estatura baixa, perseverantes e com sorrisos encantadores, vieram ao mundo para fazer verdadeira diferença. Ambas abnegadas e benemerentes, escolheram os filhos que quiseram adotar.
Na década de oitenta a palavra câncer surgiu de forma inesperada e me levou de volta ao mesmo hospital, para buscar vacinas que trouxessem algum alívio para meu pai. À época, através da mesma porta envidraçada com a parte de ferro pintada de azul, as crianças com seus cabelos raspados confirmavam a certeza de que a doença desconhece o que é justo, ou não. Agora, passados vinte e quatro anos da morte de meu pai, e um mês depois da conversa séria que tive com pessoa tão querida, um dos anjos que surgiu em minha vida - me inspirei em você e a bendisse o tempo todo para que sua vida seja plena de amor, saúde, bênçãos e proteção - me enchi de coragem, segurei o temor, fingi que sou forte e fui aprender mais sobre câncer, exames e procedimentos. O amparo, o que me permitiu uma certa leveza e me integrou ao lugar, ao movimento daquele hospital, foram as adoráveis imagens de dona Carmen e seu marido, que enfeitam as paredes do ambulatório feminino, foi rever os aventais com a idêntica tonalidade cor-de-rosa das senhoras voluntárias e com tudo isso, trazer minha mãe de volta, bem perto de mim.
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