segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nosso lado mulherzinha

Será que existe alguém sem uma pontinha de curiosidade diante do tapete vermelho de festival badalado e do desfile de famosos, que dedicam tempo e esforço para se apresentarem, alguns poucos minutinhos, diante de flashes de inúmeros fotógrafos? Pois foi no tapete vermelho do festival de cinema de Toronto, que Jennifer Connelly - uma das mulheres mais bonitas do cinema - mostrou a sensibilidade de seus calcanhares machucados pelos sapatos com saltos super-altos, altíssimos, que todas insistem em usar. É bom saber que a belíssima Jennifer tem calcanhares sensíveis iguais aos nossos, ou a algumas de nós. Penélope Cruz, não entendi, deixou de lado o charme e a produção de outras mostras e parecia ter amarrado um tecido sobre o corpo. A baixinha Natalie Portman não ganharia o prêmio da mais elegante da noite, mas esbanjou charme e Juliane Moore, bem, será que Juliane Moore e as milhões de sardas que a acompanham, sentiram-se bem e à vontade no vestido bufante e um tanto exagerado escolhido para a ocasião? Pelo sorriso meio forçado, pela posição da perna e pelos dedos dos pés esparramados, acredito que não. Acho feio dedos dos pés esparramados em sandálias mal escolhidas. Alguém repara em dedos de pés esparramados? Eu reparo.
Eu sei, tentam nos convencer, a nós, mulheres com um pouco mais de vinte e bem menos de sessenta, tal qual Mrs.Moore, que podemos e devemos até, abusar de decotes, mas será que tanto assim? Desse jeito? E as sardas? Eu sei, dizem que são charmosas e encantadoras, mas tantas? Outro dia vi uma fotografia das mãos de Juliane Moore e fiquei impressionada com a quantidade de sardas.
Drew Barrymore usou um vestido bem interessante da coleção 2010 de Alexander Mcqueen e fugiu dos padrões curto, curtíssimo, decotes escancarados e tecidos amontoados sobre o corpo.
A cor não valoriza muitas mulheres, ainda mais as loiras - decididamente o amarelo é para poucas - mas a linha do vestido, os detalhes e a renda preta diretamente sobre o colo reviveram época de extrema elegância. Renda preta que parecia desenhada, tatuada sobre a pele de Miss Barrymore. Ela sempre surpreende e tal qual camaleão muda a cor dos cabelos, faz penteados de épocas diferentes, utiliza cores ousadas (reparem na cor do esmalte) e se transforma para cada tapete vermelho que lhe aparece pela frente. Ela tem personalidade.
Curiosa eu quis conhecer outros modelos da mesma coleção e fiquei encantada com detalhes que me fizeram lembrar vestidos dos anos 60 e trajes da Europa oriental e da Ásia. O chato é saber que o mesmo tecido com padrão tão distinto foi utilizado para a confecção de outro modelito usado por Naomi Campbell - onde anda a exclusividade? - em evento do qual também participou Victoria Beckham e sua crescente magreza.







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