The private lives of Pippa Lee (A vida íntima de Pippa Lee), 2009, de Rebecca Miller, com Robin Wright Penn, Maria Bello, Alan Arkin, Winona Ryder, Keanu Reeves, Monica Bellucci e Julianne Moore, produção de Brad Pitt é, no mínimo, desconcertante. Não há clichês e qualquer comentário sobre o filme que o limite à crise de uma mulher de meia idade e a descoberta do prazer com o vizinho mais novo, está anos luz distante das sutilezas que o caracterizam.
Pippa é a sexta filha, única menina, de um pastor e sua mulher (Maria Bello está genial nesse filme) viciada em anfetaminas, que leva a vida como se fosse personagem de algum comercial de cereais matinais. A adolescente Pippa foge de casa, passa um tempo com a tia, mora com o namorado e numa festa conhece o editor bem sucedido, casado e décadas mais velho do que ela. Ele se encanta por Pippa e durante um almoço civilizado para acerto do divórcio a mulher do editor se suicida com um tiro. Surge a culpa. Pippa se casa com o editor e através da repetição treina sua mente para ser a mulher ideal, a mãe ideal, a dona de casa ideal: Doce, meiga, serena e eficaz. Nada faz Pippa perder a fleuma. Ela nada contesta. Pippa somos nós, ou uma parte nossa, ao dedicarmos nossa vida aos outros; ao fecharmos nossos olhos para as traições do marido; para as mentiras do amante; para o desrespeito dos filhos; para o chefe explosivo; para a autenticidade, a naturalidade e a vida.
Um comentário:
OK, está registrado como "pode assistir, vale a pena".
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