sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O corpo dividido em duas partes fechadas à chave uma na outra, avanço num duplo coração como se fosse ao mesmo tempo num só barco por dois rios


Fico impressionada e encantada com as diversas alternativas existentes para a cura de nosso planeta. Por maltratarmos e desrespeitarmos tanto a Terra, substitui a palavra preservação pela regeneração, pelo movimento salutar. A Terra não guarda ressentimentos, se o homem a respeitar ela o ajudará a livrar-se da pobreza.
Dentre os documentários existentes sobre nosso planeta meu preferido é o dirigido por Renaud Delourme, La terre vue du ciel, por mostrar a devastação e por apresentar soluções viáveis, todas dependentes de nossa ação. Em sua maioria são idéias simples, caracterizadas pela dedicação, pela perseverança e, principalmente, pelo convencimento dos demais: Hortas suspensas, que garantem o sustento de famílias; diversos sistemas para melhorar o aproveitamento da água; plantios apropriados, eficazes e econômicos. Em complemento, a tecnologia utilizada em favor do homem e do planeta com a energia gerada através de fontes renováveis: Energia elétrica criada a partir do lixo doméstico – 30 mil toneladas de lixo podem produzir energia elétrica para mais de duas mil residências por ano; o isolamento do hidrogênio e o lixo produzido por uma cidade podem gerar energia elétrica para movimentar transportes coletivos seguros e rápidos; o maglev, criado através de eletroímãs; captação eficaz de energia solar; fazendas de vento de Tehachapi, deserto de Mojave – 5000 turbinas eólicas produzem 800 milhões kW/hora de eletricidade e suprem as necessidades de 350.000 pessoas por ano e tantas outras ações empreendidas, que protegem o planeta e, aos poucos, nos tornarão independentes das fontes de energia limitadas e poluidoras. Ao mesmo tempo somos os causadores dos problemas e os responsáveis por todas as soluções. Ouvi uma frase que subverte nosso habitual egoísmo: Ao invés de querermos um planeta melhor para nossos filhos, criarmos filhos melhores para o nosso planeta.

Imagens de Yann Arthus-Bertrand, La Terre vue du ciel, do documentário dirigido por Renaud Delourme:"Avec la Terre vue du Ciel je souhaite montrer aux gens la Terre telle qu’elle est aujourd’hui, aussi fidèlement que possible. Ce qui me motive c’est l’impact qu’une photo peut avoir dans le domaine de la protection de l’environnement. La grande nouveauté aujourd’hui, c’est que l’humanité a le pouvoir de modifier son environnement. Aussi, je voudrais que mes photos déclenchent des prises de conscience."

Um comentário:

Gerana Damulakis disse...

Genial a frase: "Ao invés de querermos um planeta melhor para nossos filhos, criarmos filhos melhores para o nosso planeta"; eis a solução, talvez a única.

Quando constato que a minha filha tem mais consciência sobre a preservação (ou regeneração) do planeta do que eu, fico contente, fiz um bom trabalho.