quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Esperança



Desabrigados, desassistidos, desfavorecidos, esquecidos, injustiçados, com o tempo aprendi a não mais perguntar por quê? e a realizar o que estiver ao meu alcance. A sobrevivência das vítimas é comovente e as reações de Ena, Lozama e tantos outros, superam a comoção e se transformam em lição.
O terremoto seria inevitável, mas o prévio conhecimento de sua ocorrência não está mais distante das pesquisas avançadas sobre o movimento das placas tectônicas ou outras causas que só Deus sabe. O mesmo ocorre com as chuvas, que também matam.
Esperamos que as catástrofes aconteçam ao invés de adotarmos medidas preventivas. Até quando?
Nesta semana, um morador de rua cantava e estava feliz por ter recebido um saco novo e imenso de lixo do faxineiro que lavava a calçada do prédio. Aquele saco se transformaria em abrigo. Mais adiante, perto da padaria comentou: Puxa, preciso comer alguma coisa, há dias só tomo água e durmo.
É preciso enxergar aqui, bem perto, e lá.