domingo, 26 de abril de 2009

Linha

Todos os dias além do tempo, sexta até bem tarde, sábado à tarde até o meio da noite, desta vez a discussão sobre caixinhas e linhas e organização e comportamentos e soluções enquanto o cansaço acumula e vem o sono, a inédita dor incômoda e você pensa sobre a vida.
As caixinhas se relacionam através de linhas e essa forma meio sem graça, batida, nada inovadora de dar vida a um organismo, que tal qual o cão, assume muito da personalidade da mão que dá o ossinho, o biscoito, a ração e, às vezes, tem solução, não tem solução, tem, mas não interessa tanto assim ter.
Não somos caixinhas, ou, qualquer figura geométrica, mas quando Deus resolve conceder uma soprada a mais a determinadas almas, a sorte escolhe seus beneficiários e nos descobrimos ligados para sempre por linha tão invisível quanto indestrutível. Linha única, que não pode ser desconsiderada, tampouco substituída. Tão raro presente essa linha, que, por vezes, nós não nos consideramos dignos de sermos unidos por ela e passamos a vida inteira a viver erro após erro.

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