segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ruy Cinatti

Quem não me deu Amor,
não me deu nada.
Encontro-me parado. . .
Olho em redor e vejo
inacabado
O meu mundo melhor.

Tanto tempo perdido . . .
Com que saudade o
lembro e o bendigo:
Campos de flores
E silvas . . .

Fonte da vida fui. Medito.
Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o
pensamento
Que se descobre.

Quem não me deu Amor,
não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e
sem Amigos,
Adrede.

* * *

Um velho, um jovem,
separados pelo acaso.

Lá fora a brisa,
o frio fino.

À luz do candeeiro
conversavam
a noite inteira.

O velho, jovem.
O jovem, triste.

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