quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Repeteco


Nos dias que fiquei quieta em casa, para que o mal-estar passasse, assisti novamente a alguns filmes e reconheci a mesma emoção, além de detalhes que haviam passado despercebidos da primeira vez. No ti muovere (2004) de Sergio Castellitto, baseado no livro de sua mulher, Margaret Mazzantini, é uma rasteira nos mais românticos e sonhadores.

O próprio Sergio (diretor-ator) é o competente cirurgião incapaz de chorar, sarcástico, vazio e infeliz no casamento, até encontrar Penélope Cruz, a quem estupra, se sente culpado, volta a procurá-la e com ela redescobre seus sentimentos e emoções. Sua mulher finge que nada sabe e ele, cada vez mais infeliz, toma sua decisão tarde demais.

Castellitto e Cruz estão perfeitos e ela traz de volta as verdadeiras emoções que comumente esquecemos.

O mesmo ator está em Mostly Martha (2001), de Sandra Nettelbeck, e faz par romântico com Martina Gedeck com direito a remake idêntico, em todos os detalhes e por isso irritante, no filme No reservations (2007) de Scott Hicks.
El hijo de la novia (2001) de Juan José Campanella, traz Norma Aleandro e qualquer filme com Norma Aleandro costuma valer a pena.
Além dos temas habituais que afligem a todos que atingem a meia idade, quinze dias na UTI por conta de complicações cardíacas fizeram o dono do restaurante, vivido por Ricardo Darín, repensar a vida, rever seus valores e tomar novas decisões.
Sua mãe tem Alzheimer e está internada num asilo e seu pai, eterno apaixonado, está com ela todos os dias e decide oficializar sua união de quarenta e quatro anos com o casamento religioso. É o amor que prevalece o tempo todo neste filme.
Le fabuleux destin d’Amélie Poulain (2001) de Jean-Pierre Jeunet, é pleno de detalhes e delicioso de assistir mais de uma vez.

Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Serge Merlin e Jamel Debbouze estão afinadíssimos.

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