sexta-feira, 6 de março de 2009

Rio com água limpa e cristalina

Outro dia, no escritório de amigas, conversamos sobre trabalho e suas melhores formas, trocamos ideias sobre as maneiras mais apropriadas para a apresentação, convencimento, oferecimento de serviços justos honestos diferenciados e de qualidade para suprir as sérias deficiências de um cliente; nós, mulheres, com alguns aspectos de vida comuns, todas com a mesma formação acadêmica, o pensamento de uma a completar o da outra e o que impressiona é a suavidade e a leveza com as quais temas bem duros são tratados. Juntamos o conhecimento, a experiência e a intuição, elementos fantásticos e imbatíveis, no caldeirão em formato de mesa comprida e retangular.
Ao final da reunião de trabalho, na conversa sobre como estamos surgiu o comentário, para mim inédito, que rendeu sonora gargalhada. Foi interessante a bem humorada descrição da fase curva de rio, que atrairia lixo, e mais interessante ainda o procedimento adotado por uma delas para exorcizar de vez a coisa e arrumar o leito do rio para sempre.
Na semana seguinte, no consultório da minha médica xará preferida, agenda cheia e o encaixe entre as consultas que a gentil assistente permitiu – aguardaria a manhã inteira porque precisava mostrar os exames mais recentes e conhecer a melhor medicação - citei a curva, que já era conhecida da doutora, surgiram novas risadas, além dos comentários sobre os benefícios que o novo maravilhoso e benvindo período traz. Ah, liberdade, doce espera.

Mais de quinhentas vezes o mesmo incômodo foi demais e não deixou qualquer saudade. Gosto do melhor jeito de encarar a vida.
Essa leveza séria que não perde a condição de leveza, a suavidade que não retira a forte competência nem reduz a reconhecida capacidade, além do bom humor inteligente são qualidades que só a mulher profissional tem e com coragem e ousadia as demonstra. Mas somente a mulher que domina um leão selvagem por dia – às vezes dois - sem se travestir de homem, nem assumir as características profissionais do homem, tampouco esquecer os significados essenciais de algumas palavras atualmente tão desconsideras no mundo dos negócios.


Crise, é? Pelo amor de Deus reduzam seus oniricos bônus e diminuam seus indecentes gastos, ao invés de demitir tanta gente e fazer com que os remanescentes trabalhem muito mais e cumpram horas extras, super extras.

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