Entendo que com o tempo e a vivência, cada um reconhece e aprimora seu jeito, compreende melhor suas expectativas e cria sua própria fórmula para ser feliz no amor.
As pessoas não mudam, ah, não mudam, não. Apenas se adaptam e a adaptabilidade é característica que varia e encontra-se forte em alguns e fraca em outros, além de ser incompatível com a imposição do jeito único de um, afinal, são dois, ou, deveriam ser apenas dois.
As pessoas não mudam, ah, não mudam, não. Apenas se adaptam e a adaptabilidade é característica que varia e encontra-se forte em alguns e fraca em outros, além de ser incompatível com a imposição do jeito único de um, afinal, são dois, ou, deveriam ser apenas dois.
Acredito muito no amor e em sua força.
O amor no sentido amplo e o amor entre um homem e uma mulher. Acredito que se a convivência diária não compreender carinhosa dedicação, excelente sexo, cuidado com os detalhes, amorosa criatividade e respeito, estará fadada ao fracasso dos relacionamentos mornos, pesados e tediosos.
Estar com alguém ao lado, não significa acomodar-se, mas a cada dia renovar a conquista, preparar-se para o outro, fortalecer a paixão, tornar o sexo mais gostoso, estar realmente presente na relação, realizar o que o outro aprecia compartilhar o bom e o ruim, tudo isso de forma mutua. A conquista amorosa é diária: você se prepara para mim e eu me preparo para você, normalmente, amorosamente, porque me faz bem preparar-me para você e lhe faz bem preparar-se para mim e não por que tenhamos que agir dessa ou daquela maneira. Se assim não for crescerá o vazio, as expectativas pessoas pesarão cada vez mais, o desamparo atávico de um prevalecerá sobre o desamparo atávico do outro, a busca fora da relação acontecerá e com ela a mentira, a artimanha, a manipulação conjunta: você busca fora e eu sei, mas finjo que não sei; ou, o pior de tudo, negociamos sua carência e criamos um teatro. Não dá para viver com mentira e nem na mentira.
A ideia de que os opostos se atraiam talvez funcione nos princípios da física, mas não é o ideal entre um casal. São as semelhanças que atraem, além das notas comportamentais que cada um traz de sua existência, que compensam as notas do outro e criam a verdadeira harmonia.
A inovação está na semelhança de caráter. Ter caráter é fundamental, pressuposto, opa, para mim é importante. Mas para aqueles sem caráter ou com caráter fraco, o caráter do outro será forte motivo para a incompatibilidade – daí a bem lembrada semelhança até no caráter e na honestidade.
Enfim, é preciso estar inteiro e pleno, é preciso ter química, gosto e cheiro certos, é preciso não precisar do outro, encontrar leveza, serenidade e suavidade, bom humor e riso fácil, paz, especial aconchego e acima de tudo, é preciso amar sem medo.
Estar com alguém ao lado, não significa acomodar-se, mas a cada dia renovar a conquista, preparar-se para o outro, fortalecer a paixão, tornar o sexo mais gostoso, estar realmente presente na relação, realizar o que o outro aprecia compartilhar o bom e o ruim, tudo isso de forma mutua. A conquista amorosa é diária: você se prepara para mim e eu me preparo para você, normalmente, amorosamente, porque me faz bem preparar-me para você e lhe faz bem preparar-se para mim e não por que tenhamos que agir dessa ou daquela maneira. Se assim não for crescerá o vazio, as expectativas pessoas pesarão cada vez mais, o desamparo atávico de um prevalecerá sobre o desamparo atávico do outro, a busca fora da relação acontecerá e com ela a mentira, a artimanha, a manipulação conjunta: você busca fora e eu sei, mas finjo que não sei; ou, o pior de tudo, negociamos sua carência e criamos um teatro. Não dá para viver com mentira e nem na mentira.
A ideia de que os opostos se atraiam talvez funcione nos princípios da física, mas não é o ideal entre um casal. São as semelhanças que atraem, além das notas comportamentais que cada um traz de sua existência, que compensam as notas do outro e criam a verdadeira harmonia.
A inovação está na semelhança de caráter. Ter caráter é fundamental, pressuposto, opa, para mim é importante. Mas para aqueles sem caráter ou com caráter fraco, o caráter do outro será forte motivo para a incompatibilidade – daí a bem lembrada semelhança até no caráter e na honestidade.
Enfim, é preciso estar inteiro e pleno, é preciso ter química, gosto e cheiro certos, é preciso não precisar do outro, encontrar leveza, serenidade e suavidade, bom humor e riso fácil, paz, especial aconchego e acima de tudo, é preciso amar sem medo.
O primeiro ingrediente para um relacionamento duradouro reside na escolha do parceiro: quanto maiores as afinidades de gostos e interesses, mas, principalmente, de caráter, melhor.
Gente honesta deve se relacionar com gente honesta. Isso é essencial, pois, se a aliança se faz com alguém que mente ou que é mais para egoísta, por exemplo, os problemas ficarão agravados depois do casamento.
Outro fator é não ser ingênuo ou otimista: convém pensar que ao casar, todos os problemas e dificuldade pioram, sim! As pessoas se acomodam e mostram mais a sua face negativa.
Assim, é preciso que tudo, inclusive o sexo, esteja 100% durante o namoro porque talvez venha a piorar um pouco.
Um terceiro conselho: um relacionamento não permanece encaixado e funciona bem automaticamente. Ou seja, é preciso cuidado, atenção com o outro, esforço para que as afinidades e projetos de vida continuem convergentes. Isso não é fácil e exige muita atenção sobre os próprios anseios, os do parceiro e cuidado nas conversas e negociações. Aliás, elas devem existir o tempo todo porque os pontos de vista serão divergentes em muitos aspectos e os diálogos tem que ser respeitosos para serem produtivos.
Antigamente, as concessões eram grandes porque os casais imaginavam que tinham que fazer tudo juntos. Quase sempre havia um que concedia e o outro, o mais egoísta, que abusava da tolerância do mais generoso. Além disso, a idéia que estava em vigor era a de que ao homem cabia dirigir a vida a dois.
Isso não é mais verdade: as moças representam 60% dos estudantes universitários, de modo que em breve estarão mais bem preparadas e ganhando mais que a média dos homens. A independência sexual e financeira da mulher, junto com os avanços tecnológicos de utilização individual (IPod, computador, DVD, etc) tem feito crescer a individualidade das pessoas, o que é uma ótima notícia. Assim, em vez de concessões, que por vezes tem que ocorrer, a chave de um relacionamento sereno é o respeito pelas diferenças, gostos e individualidades. Ou seja, quando se gosta da mesma coisa, se faz junto. Quando um gosta e o outro não, cada um faz o que gosta e se encontram depois. Ambos felizes. Quem faz as concessões acaba se aborrecendo internamente e não raramente arruma uma briga por algum motivo fútil.
Nenhum de nós consegue resolver completamente a sensação de desamparo que nos acompanha desde o nascimento. Por isso mesmo gostamos de ter um parceiro amoroso. Podemos lidar com essa sensação individualmente. Um dos recursos é, por exemplo, manter-se ocupado e entretetido tanto com o trabalho como com leituras, esportes, cinema, amigos, etc.
O que tem que ser claro é que o parceiro sentimental não tem que ser o remédio definitivo, único e permanente para o nosso desamparo. O nosso desamparo é problema nosso! O parceiro, quando presente, nos ajuda muito, mas não é sua obrigação nos aliviar o tempo todo das sensações íntimas dolorosas.
É possível, sim, que o amor permaneça igualmente intenso e gratificante por toda a vida. É claro que terá altos e baixos, dependendo do comportamento do parceiro e do nosso estado de alma. O que desaparece é o componente do medo que está associado à paixão: paixão = amor + medo. O medo é relacionado com o risco de ruptura, além do medo da felicidade, condição com a qual acabamos por nos acostumar.
Com o casamento, os temores de ruptura diminuem muito e o medo se atenua. Aí, o essencial é não se acomodar e tratar de conservar a riqueza de conversas. A intimidade depende também de um fator essencial: não julgar o parceiro o tempo todo.
Existem muitas pessoas que não sabem ouvir a não ser com a ideia de encontrar e apontar os defeitos do outro. Isso é horrível, pois acaba levando o outro a se calar, a omitir tudo aquilo que poderá ser passível de crítica. Com isso, a intimidade se prejudica e, ao longo do anos, pode vir a se romper de modo radical.
Já afirmei que a harmonia conjugal depende essencialmente das afinidades, principalmente as de caráter. É impossível confiar em um parceiro que mente, que é insincero. Com o tempo isso destrói o eventual encantamento e o amor desaparece.
A rotina não perturba o cotidiano a não ser quando ela é muito chata! Rotinas agradáveis, compartilhadas com alegria, são uma dádiva. Não é a rotina que destrói o relacionamento, mas a falta de criatividade de modo que só sobra o cotidiano que é forçosamente repetitivo. Para que as pessoas continuem a ser interessantes para seus parceiros é preciso que elas se reciclem, renovem seu repertório, tenham interesses e se dediquem a eles. O casamento não é chato, chatas são as pessoas que não progridem, que não leem, não assistem a filmes, não acompanham as notícias, não tem nada de novo para dar. Chatas são as pessoas que acham que seus parceiros estão no mundo para entretê-las e não percebem que elas mesmas devem encontrar os meios de fazer a vida agradável. As pessoas esperam do parceiro o que deveriam buscar em si mesmas.
Amor é o sentimento que temos por quem nos provoca a adorável sensação de paz e aconchego que neutraliza momentaneamente nosso desamparo. Amor não é entretenimento, não é parque de diversões. Aventuras devem acontecer juntos ou separados, em atividades profissionais, intelectuais, projetos de viagem, etc.
Texto de Flávio Gikovate e imagem Cassavetes
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