quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Associações surreais

No escritório no qual trabalha, a namorada do meu filho ouviu os comentários de uma colega que havia mandado inúmeras cestas surpresas para seu amado: A primeira com o café da manhã, a segunda com chocolates e flores e assim por diante. A partir daí, surgiu sua idéia de criar o baldinho surpresa com chocolates deliciosos da Lindt, dois mini-champagnes e Nutella, embrulhado em papel celofane e uma fita vermelha.
Começaram as associações. Com nostalgia lembrei de um gentil mini-champagne com duas taças e um pedaço de queijo de cabra que não foram ofertados no dia da chegada, mas três dias depois. Retroagi e fui para praia com quatro tipos de queijos importados, dois tipos de frios, vinho italiano e taças para receber com imensa alegria, saudade e carinho quem viria da Metrópole e a reação do quem que vinho não tomava. Foi um pulo para o preparo cuidadoso e detalhado do melhor quarto no melhor hotel da cidade e todas as delícias e surpresas que ali estavam e os sempre presentes telefonemas que massacraram durante anos, mesmo quando nada eram e são, além do principal: Os especialíssimos e deliciosos tomates recheados que jamais haviam sido ofertados, naquela circunstância, para alguém. Retiro todos os detalhes, por mais encantadores que tenha sido e fico com as verdadeiras e amorosas intenções e os tomates recheados. Aqueles tomates recheados nunca mais. Pérolas, simplesmente pérolas. Chamo meu filho de lado e enalteço o baldinho para que ele corresponda com honestidade e extremo carinho. Ao menos, tento transmitir para alguém o que e como deveria ser.

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