Na tarde de domingo, durante nosso café com conversa, reparamos na altura dos saltos das sandálias de uma garota que ocupava mesa próxima. Saltos e plataformas extremamente altos a limitar a movimentação da moça, que por pouco não torceu o tornozelo ao chegar à calçada. Ninguém conseguiria caminhar normalmente e com segurança com saltos daquela altura. Passei a observar os saltos altos utilizados por algumas mulheres que caminham nas calçadas esburacadas e desniveladas de São Paulo, e pensei no risco que correm por conta do excesso; no desconforto que sentem por conta do excesso; no quanto sacrificam a própria saúde pelo excesso e como a moda pode gerar tendências equivocadas. Saltos altíssimos de um lado e, do outro, calçados sem salto algum. Imaginei ortopedistas de plantão em quiosques instalados nas ruas de maior movimento, além de lembrar-me dos pezinhos deformados das chinesas antigas. Sapatos errados deformam pés, lesionam tendões, castigam a musculatura. Entre os dois excessos, os saltos altíssimos e a total ausência de saltos, as havaianas ganham espaço e são usadas até em dia de chuva. Às vezes, nos prejudicamos e ficamos cada vez mais reféns, por causa das nossas próprias escolhas equivocadas.
Um comentário:
Cada par mais belo do que o outro. O primeiro, com saltos vermelhos, é minha cara. Amo saltos altos. Tenho 1,62 m, totalmente complexada, só me sinto bem em cima dos saltos.
Na faculdade, lugar onde ninguém pensa em levar o dia inteiro em cima de saltos, as pessoas achavam primeiramente que era besta, mas como de besta nada tenho, logo ficavam sabendo (eu digo) que a atitude é fruto de complexo, daí entendem enão ligam mais.Um tênis? De jeito algum!!! (Sem o tom é difícil entender, mas estou exagerando para fazer graça). Beijo.
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