Ando cansada. Mais exames, consultas, adequação de dias e horários. Nesta semana, após quatro horas de maratona com a turma de avental branco, fui ao escritório e lá fiquei mais cinco horas para colocar o trabalho em dia. Ando rapidinho, reaprendi a usar o metrô e não penso mais duas vezes para descobrir a direção que quero ir, nem temo o excesso de gente, tampouco a perda da estação. Presto atenção nas pessoas de idade que utilizam o metrô e penso na coragem para enfrentar tanta escada, pessoas e movimentação. Estamos tão insensíveis e ultrapassamos a má educação. Desrespeitamos aos outros com imensa facilidade.
Em todo lugar que vamos existe o jeito, o jeitinho, a maneira para conseguir realizar o que deve ser realizado. É bem diferente do levar vantagem, ao contrário, é o jeito para que o certo aconteça sem causar prejuízo a ninguém. Observei bem isso no hospital do câncer, nos ambulatórios lotados e nas consultas atrasadas. O atraso de um médico provoca o atraso da consulta posterior marcada com outro especialista. Aprendi a lidar com isso, converso com as atendentes, priorizo a especialidade mais necessária, controlo o horário, penso no tempo que levo no percurso entre os andares e prédios, pergunto quantas pessoas serão atendidas antes de mim, calculo o horário e exausta realizo todos os procedimentos. Com cada profissional que lido crio o ponto de relaxamento, o comentário que traz a fluidez, os deixa com mais vontade de obter o melhor resultado, a indicação dos exames mais apropriados, a atenção tão facilmente perdida com a sobrecarga de pacientes. Assim, para o médico filho de armênios, sou a filha de gregos; para a médica descendente de japoneses, sou a careta que nunca usou droga ilícita; para a médica casada com libanês, sou a que gosta de fotografias, tanto quanto ela gosta de fotografar e de dar entrevista na rádio e no site de notícias; para a médica cearense, sou 'control c' 'control v', brincadeira por conta de um laudo que nenhum médico até agora conseguiu entender; para o médico animado, que não se esquece de suas férias em Santorini, volto a ser a filha de gregos; para o médico moço bonito, bom, para esse devo ser bem tímida e respeitosa, por tratá-lo o tempo todo de senhor e ficar um tanto sem jeito tamanha a beleza do moço; para a médica que escreve poesia, sou a que gosta de poesia e para as atendentes sou a que diz por favor e obrigada. Quando controlo o cansaço também consigo sorrir.
Fiz aniversário no sábado, domingo respondi aos e-mails e aos recadinhos no celular e na segunda, pensei que não conseguiria agradecer a todos os recadinhos recebidos em um site social. Tento evitar as mensagens gerais e compartilho, com cada um, os diferentes desejos recebidos. Pode parecer estranho, mas não encontrei outra solução: à noite, antes de dormir, comecei a responder. Veio o sono e dormi com o PC ligado. De madrugada acordei, respondi mais alguns recados, dormi novamente e de manhã cedo, antes de sair de casa, completei os agradecimentos. Neste ano me senti envergonhada por não ter frequentado aquele site com assiduidade e ter deixado passar vários aniversários. Às vezes, os sites sociais oprimem ou expõem o que não deveria sequer existir.
É incrível mas há muito tempo, em determinada e excepcional situação, não há nada que se diga, que se comente, que se pergunte ou que se peça, coisas simples, coisas bobas, coisas à toa, que não receba uma negativa pela frente. Daí eu me pergunto: Pra quê?
Por que será que vampiros estão tão na moda, a ponto de serem os namoradinhos das mocinhas, nos filmes, seriados e quase virarem vegetarianos?
Em todo lugar que vamos existe o jeito, o jeitinho, a maneira para conseguir realizar o que deve ser realizado. É bem diferente do levar vantagem, ao contrário, é o jeito para que o certo aconteça sem causar prejuízo a ninguém. Observei bem isso no hospital do câncer, nos ambulatórios lotados e nas consultas atrasadas. O atraso de um médico provoca o atraso da consulta posterior marcada com outro especialista. Aprendi a lidar com isso, converso com as atendentes, priorizo a especialidade mais necessária, controlo o horário, penso no tempo que levo no percurso entre os andares e prédios, pergunto quantas pessoas serão atendidas antes de mim, calculo o horário e exausta realizo todos os procedimentos. Com cada profissional que lido crio o ponto de relaxamento, o comentário que traz a fluidez, os deixa com mais vontade de obter o melhor resultado, a indicação dos exames mais apropriados, a atenção tão facilmente perdida com a sobrecarga de pacientes. Assim, para o médico filho de armênios, sou a filha de gregos; para a médica descendente de japoneses, sou a careta que nunca usou droga ilícita; para a médica casada com libanês, sou a que gosta de fotografias, tanto quanto ela gosta de fotografar e de dar entrevista na rádio e no site de notícias; para a médica cearense, sou 'control c' 'control v', brincadeira por conta de um laudo que nenhum médico até agora conseguiu entender; para o médico animado, que não se esquece de suas férias em Santorini, volto a ser a filha de gregos; para o médico moço bonito, bom, para esse devo ser bem tímida e respeitosa, por tratá-lo o tempo todo de senhor e ficar um tanto sem jeito tamanha a beleza do moço; para a médica que escreve poesia, sou a que gosta de poesia e para as atendentes sou a que diz por favor e obrigada. Quando controlo o cansaço também consigo sorrir.
Fiz aniversário no sábado, domingo respondi aos e-mails e aos recadinhos no celular e na segunda, pensei que não conseguiria agradecer a todos os recadinhos recebidos em um site social. Tento evitar as mensagens gerais e compartilho, com cada um, os diferentes desejos recebidos. Pode parecer estranho, mas não encontrei outra solução: à noite, antes de dormir, comecei a responder. Veio o sono e dormi com o PC ligado. De madrugada acordei, respondi mais alguns recados, dormi novamente e de manhã cedo, antes de sair de casa, completei os agradecimentos. Neste ano me senti envergonhada por não ter frequentado aquele site com assiduidade e ter deixado passar vários aniversários. Às vezes, os sites sociais oprimem ou expõem o que não deveria sequer existir.
É incrível mas há muito tempo, em determinada e excepcional situação, não há nada que se diga, que se comente, que se pergunte ou que se peça, coisas simples, coisas bobas, coisas à toa, que não receba uma negativa pela frente. Daí eu me pergunto: Pra quê?
Por que será que vampiros estão tão na moda, a ponto de serem os namoradinhos das mocinhas, nos filmes, seriados e quase virarem vegetarianos?
Um comentário:
Que maratona!
Ainda te encontrarei aqui mais descansada, mais em paz, mais alegre. E muito coisa boa a mais.
Vampiros. Um "para quê?" também em cima deles.
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