quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ícone da adolescência


Será que existiu alguma garota na década de setenta, que não tenha desejado um sorriso estonteante como o da Farrah Fawcett e, principalmente, o cabelo igual ao dela? Não o cabelo da jovem texana da foto de formatura do colégio, mas da detetive Jill Munroe, que atuou apenas na primeira temporada da série Charlie’s Angel e foi sucesso mundial? Adolescente eu imaginava que o vento no cabelo volumoso recém lavado e úmido traria resultado similar - quem sabe se eu tivesse corrido na direção contrária ao vento o resultado seria melhor - e não quis acreditar no batalhão de cabeleireiros e assistentes de cabeleireiros, nas escovas e secadores, na química, nos artifícios. E como mantive minha aversão aos secadores, escovas, química, chapinha, enfim, tudo que não é natural, o cabelo igual ao de Farrah ficou no desejo e o sorriso, bom, o sorriso dela era sensacional e o meu é capaz de encantar. Fiquei triste ao ler sobre sua morte e sobre sua luta contra o câncer. Fiquei decepcionada ao ouvir sobre a recidiva do câncer ter chegado à mídia, através da desrespeitosa indiscrição de profissionais do hospital no qual ela se tratou. Fiquei encantada ao saber que o homem amado esteve ao lado dela o tempo todo e, após as negativas aos pedidos de casamento feitos ao longo dos anos, ouviu o esperado sim. Mulher-menina eternamente romântica.

Nenhum comentário: