
No domingo, logo cedo, o filho liga, me acorda e bem sonolenta eu me inundo de carinho e tive um dos melhores domingos dos últimos tempos. No final da tarde, ao acender minha lamparina, agradeci a três mães: À Santa Mãe, à mãe que eu conheci e à mãe que eu nunca vi. Às vezes eu fico com essa mania de escrever um monte de palavras que ninguém entende. É proposital.
Na Páscoa os Católicos Ortodoxos ao se encontrarem dizem Xristos Anesti (Jesus ressuscitou) e ouvem Alithos Anesti (verdadeiramente ressusitou). Na véspera do dia e no próprio dia das mães, as pessoas de bom coração, ao se encontrarem, desejam feliz dia das mães. Nunca antes recebi tantos feliz dia das mães como neste ano.
Três mudas diferentes, que encontrei onde eu menos esperava, foram tão pacientes e perseverantes ao me esperaram, a terra dentro daqueles saquinhos pretos de mudas estava tão seca, não sei como sobreviveram até este domingo, o dia que eu consegui plantá-las em vasos menores, depois de tirar um monte de folhinhas mortas, mexer a terra e carinhosamente aguar os vasos maiores que estavam sedentos. Até ancinho eu encontrei para a terra dos meus vasos, embora o bom mesmo seja a mão sem frescura que entra em contato com a terra e recebe da terra e entrega à terra o que deve entregar. E lá estão as três novas plantas perseverantes, com folhas lindas e diferentes, afinal, lavanda e bálsamo são coisas do céu, da paz.
Há tempos eu não sentia tanto prazer com a primeira garfada de alimento tão gostoso.
Sentir prazer é bom demais.
Esta vida é cheia de graça.
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