quinta-feira, 17 de julho de 2008

Vida saudável

A pausa nunca é simples, ou, por outra, nunca é contemplativa e quieta.
Invento comidinhas gostosas, tento mostrar para meu filho que estou bem, inteira, também tento me convencer que estou bem e inteira. Foi assim à tarde em casa: Mansa, tranqüila, boa música, refeição preparada com carinho, plantas regadas, chá quentinho, televisão e cochilos.
Foi no programa da Oprah que assisti à última palestra do professor da Carnegie Mellon University, Randy Pausch. Não me impressionei com as difíceis flexões que ele fez em pleno palco, nem com o fato de ele ter sido criado com extremo amor pelos pais e ser ele pai de três encantadoras crianças, uma delas ainda bebê. Não me impressionei com o fato de ele ter câncer e ter recebido o diagnóstico de três meses de vida, mas fiquei muito comovida com o que ele faz com o tempo que lhe resta, com o legado que ele se esforça para deixar aos seus filhos, em detrimento do seu próprio emocional.
Comovi-me com esse amor imenso de quem parte e quer que os que ficam estejam bem.
“Estou enfrentando um problema de planejamento. Embora em geral eu esteja em excelente forma física, tenho dez tumores no fígado e me restam apenas alguns meses de vida. Sou pai de três crianças e sou casado com a mulher dos meus sonhos. Seria cômodo ficar me lamentando, mas isso não faria bem a eles nem a mim. Então, como viver esse meu tempo tão limitado? O óbvio é ficar com minha família e cuidar dela. Enquanto posso, estou com eles todos os instantes e tomo as providências logísticas necessárias para lhes facilitar o caminho na vida sem mim. O menos óbvio é como ensinar a meus filhos o que eu lhes ensinaria nos próximos vinte anos. Agora eles são jovens demais para essas conversas. Todo nós, pais, desejamos ensinar os filhos a distinguirem o certo do errado, o que consideramos importante e como lidar com os desafios que a vida lhes trará. Também queremos que conheçam histórias de nossas vidas, uma maneira de ensinar-lhes a lidar com suas próprias vidas.”

“A lição final” de Randy Pausch vale a leitura.
Outro que descobri neste período e está aqui, ao meu lado, deveria ser leitura obrigatória para todos, sem exceção: “Anticâncer” de David Servan-Schreiber, um psiquiatra e pesquisador de neurociência que, acidentalmente, há quinze anos, descobriu ter um tumor no cérebro. Lista de alimentos e exercícios anticâncer; a competição de ácidos em nosso organismo; o gasto de energia associado a diferentes atividades em MET por hora; o desejo de viver e as células imunológicas e muito mais.
Esqueça a palavra câncer e leia esse manual da vida saudável: “Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais - Sempre pensei que o único problema da medicina científica fosse o fato de ela não ser suficientemente científica. A medicina moderna só se tornará verdadeiramente científica quando os médicos e seus pacientes tiverem aprendido a tirar partido das forças do corpo e do espírito que agem através do poder de cura da natureza.”

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