Foi estranha a atitude do policial militar que, do portão de um dos comandos localizado em movimentada avenida, segurava prancheta com dois blocos de multa e se divertia em anotar os dados de todos os carros que tentavam estacionar no supermercado em frente. Não avisou ao aplicar as sanções, não considerou que os carros entravam no estacionamento, não organizou a situação, não foi justo, nem equânime.
Não agiu, como deveria ter agido, nos dias que todos ficamos com medo de sair de casa e mesmo assim saímos, porque remédios deveriam ser comprados nas farmácias e os cães necessitavam de seus passeios. Naquela ocasião, cones imensos impediam que qualquer um se aproximasse e não havia ninguém no portão para ajudar, transmitir alguma segurança, ou, até mesmo multar. Saiu no caderno Metrópole do Estadão que 18% das multas em São Paulo são aplicadas por policiais militares, que triplicaram as autuações. De janeiro a junho deste ano, consta na matéria, 2,3 milhões de multas foram aplicadas na capital, 16,5% a mais do que nos seis primeiros meses de 2007. Essa ação deve estar de acordo com o interesse público, imagino, mas não é só isso.
Imagem de Eisenstaedt
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