De manhã um e-mail com o conselho para expor os sentimentos e eu a pensar - como algo tão simples e verdadeiro tornou-se tão complicado – não há condição nem para ligar, quanto mais para ser ouvido, ouvir e expor o que vai por dentro.
Consultei-me com médico especialista e gostei do doutor, que foi atencioso transmitiu segurança e não deixou pergunta alguma sem resposta. Saí do consultório com a incumbência de fazer dois exames meio complicados e incômodos, um deles obrigatoriamente acompanhada e anestesiada e pensava como tornar leve a mini maratona médica quando o telefone tocou e fui pega de surpresa, com a única surpresa que eu mais quero em minha vida. Aquela voz tem o poder de curar todos os meus males, mas ainda está tão limitada, cerceada e não era assim. Voltei para casa meio triste e senti a necessidade de ir à igreja, que fica perto do parque, pedir para Deus cuidar desta menina e lembrei-me da mais nova menina que nascerá com data marcada, no próximo dia 08.08.08, provavelmente às 08h00min da manhã, para firmar bem a sorte do momento e também fui ao shopping comprar mimos para Maria Clara. Voltei para casa feliz com as sacolas coloridas enfeitadas com fitas brancas e liguei para confirmar o almoço do dia seguinte com um amigo, que há tempos não encontro e a quem quero ver bem e feliz.
Do escritório para o médico, para casa, para a igreja, para o shopping, para casa e a voz não sai de mim.
Para meu espanto ando craque em garagens tortuosas e as colunas, que jamais foram revestidas de borracha, não sentem mais atração irresistível pelo meu carro.
As garagens de determinados prédios são labirintos estreitos com descidas íngremes, que vão direto para as catacumbas do centro da terra. Às vezes, dá medo. O elevador, onde fica o bendito elevador.
Imagem de Cunningham
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