domingo, 24 de agosto de 2008

A dança dos sapatos brancos

Médicos e exames, alguns inéditos e invasivos realizados após preparo e anestesia.
Cinco especialistas distintos, cada um com seu objetivo e dá-lhe mais exames, o desta semana antecedido por repouso de trinta minutos no pronto-socorro. Por terem ouvido a palavra câncer se esforçam para me convencer que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas, as pesquisas são realizadas com esmero.
Os dois exames que exigiram a presença obrigatória de acompanhante e foram realizados durante duas horas no hospital, sem que eu nada sentisse por estar anestesiada, obrigaram-me a chamar meu filho. Só nosso bom humor para aliviar a chatice que começou com a assinatura de uma declaração que descrevia as piores conseqüências que poderiam ocorrer – e me fez pensar em elaborar e anexar meu testamento, além da assinatura de duas testemunhas. Tem que ter muito senso de humor para manter a leveza e dissipar o medo.
Gostei de duas médicas sérias e competentes, mas não menos humanas e atenciosas e as escolhi para me acompanharem durante e após os tratamentos. Ambas têm a visão do todo – mente e corpo – e num alento honesto me tranqüilizaram e retiraram boa parte do que ia aos ombros, com o reconhecimento de que foi demais.

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