Nossa visão está saturada com a super exposição. Nós estamos saturados e, às vezes, sequer percebemos. Começo pelo padrão, eu, que cresci na contracorrente e depois de desenvolver o meu próprio gosto nela permaneço. Cabelos quilométricos? Nunca tive e não quero ter. Trejeitos cabeçais não fazem a minha cabeça - o trocadilho é proposital. Comportamento, poses, trajes ditos ou considerados sensuais não se encontram em minha realidade, não com esse propósito. Considero o rosto lavado e a pele bem cuidada o auge da beleza e sou fielmente adepta da naturalidade. Por tudo isto, talvez, eu ainda não entenda o padrão feminino atual, escravo da super exposição tanto na aparência quanto no comportamento e no próprio pensar. Não, não retomo o batido discurso feminista que, dedo em riste, apontava para a coisificação da mulher, mas, convenhamos e infelizmente, cada vez mais as mulheres se adequam ao pior padrão possível.
Pego a imagem acima como parâmetro original: Uma foto tirada há setenta anos, em uma piscina pública qualquer, o policial conferia a propriedade do traje feminino de banho, que, por lei, no máximo poderia estar x centímetros acima do joelho.
As pernocas continuam as mesmas, não há mais policiais preocupados com trajes de qualquer espécie, mas, ainda visualizo mãos que medem e definem normas, desta feita em direção oposta, e desvirtuam a máxima do menos é mais. Eu torço pela conscientização das pernocas, de todas as pernocas, e pela real valorização da mulher. Erramos feio, cada vez mais.
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