Fiz questão de assistir ao primeiro programa da nova série da Nigella Lawson e observei que ela está mais prática, rápida, bonita e gordota.
E quem mais prepararia deliciosos e crocantes biscoitinhos para presentear uma amiga e, durante o percurso até a casa da amiga, os comeria sozinha? Ora, Nigella. Mas ela pode e durante a apresentação tomou sua sopa de ervilhas frescas no parque, lambuzou-se com o frango assado e a salada cole slawe, comeu pedaços e mais pedaços de doces de chocolate com nozes, além das garfadas de sua mistura de macarrão com legumes, creme de amendoim e gengibre.
Ver Nigella preparar com muita facilidade tantas coisas e deliciar-se com todas as guloseimas deixa qualquer um encantado com a arte da culinária.
Outro representante do máximo sabor com pouco esforço é Jamie Oliver, que amadureceu, continua competente e agitado, e realiza um belo trabalho com a reeducação alimentar das crianças de seu país. A salada Caesar que ele preparou em seu último programa apresentado pelo canal GNT parece divina e será a próxima folia que tentarei realizar.
Vi que Jamie também adotou o modelo plante em qualquer lugar seus próprios temperos e seja feliz.
No meio desse festival gastronômico assisti novamente aos filmes A Festa de Babette (1987), Chocolate (2000) e O Tempero da Vida (2003) e curti cada movimento tão feminino que as atrizes oferecem. Pela primeira vez pude comparar o jeito elegante e organizado que minha mãe tinha ao preparar as deliciosas e inigualáveis refeições que nos proporcionou ao longo de sua vida e o meu próprio jeito, um tantinho mais caótico e rebelde. Lena Olin, que interpreta a personagem Josephine Muscat em Chocolate, é idêntica à minha mãe na cozinha; já a vigorosa Juliette Binoche, a Vianne Rocher do mesmo filme, tem o meu jeito. Por sinal, Chocolate e O Tempero da Vida retratam bem a alquimia dos ingredientes e a pura magia de seus resultados.
Foi com esse espírito que resolvi dar uma mudadinha no cardápio e quis botar por terra os dois mais famosos pratos à grega que encontramos por ai: O camarão e o arroz.
O verdadeiro camarão à grega é preparado da seguinte maneira: Esquente a água e quando ela começar a borbulhar coloque os camarões inteiros - sim, as cabeças ficam porque conferem mais sabor - mas não deixe de limpar os dejetos desses crustáceos com um pouco de habilidade e a ponta de uma faca. É muito feio ofertar camarões com a sujeira que costumam ter. Quando ficarem rosados retire-os da água e prepare azeite de oliva extra-vigem de boa qualidade, sal e suco de limão. Bata essa mistura com um garfo e coloque os camarões descascados. Só isso. Camarões cozidos no tempo ideal e mergulhados no azeite com sal e limão. O arroz à grega também é simples e feito com azeite de boa qualidade e sal.
Volto à mini-horta de temperos e outras delícias. É muito fácil de criar, manter e curtir em qualquer lugar. Não precisa de mais nada além de mudas, terra, água e sol.
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