Você vai viajar? Essa foi a frase mais ouvida durante esta semana.
Necessidade? Capacidade? Obrigação?
Há algum tempo, em São Paulo, não se emendavam os dias que antecediam os feriados. Lembro que meus amigos de outros estados ligavam com a mesma pergunta: O que você está fazendo aí, em pleno feriado? Trabalho, ora.
Hoje, São Paulo pára e emenda e enforca e quem pode viaja nestes dias. Às vezes, viaja sem poder. Estranho esse comportamento.
Praia? Montanha? Cidades litorâneas e interioranas lotadas. Restaurantes lotados; mercadinhos lotados; ruas originalmente vazias e pacatas lotadas. Encontrar sempre as mesmas pessoas, sempre os mesmos programas, sempre os mesmos sempres. Diárias de hotéis mais caras. Alimentação mais cara. Tempo, o tempo perdido na estrada lotada de carros, aquele marzão sem fim de luzes contínuas tal qual árvore de natal deitada no chão. Mais stress fora daqui?- Você vai viajar?- Com amenidade e alegria sinceras respondo: Não.
Nestes dias, abençoados dias, São Paulo volta a ser minha e aproveito esta cidade como nunca. É incrível a reação de um lugar quando seus moradores se ausentam: O espaço se entrega, se alegra, fica mais colorido, muito mais calmo e leve. São Paulo é linda e querida vazia.
Parece que o fluxo contrário ainda me atrai. Você vai viajar? Eu fico.
Faço parte dos paulistanos autênticos que ficam, apesar de ser sagitariana típica, com rodinhas nos pés, asas nos braços e o espírito sempre pronto para viajar...
Quando eu mais gosto da minha cidade? Nos feriados. Adoro São Paulo nos feriados.
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