Quem não me deu Amor,
não me deu nada.
Encontro-me parado. . .
Olho em redor e vejo
inacabado
O meu mundo melhor.
Tanto tempo perdido . . .
Com que saudade o
lembro e o bendigo:
Campos de flores
E silvas . . .
Fonte da vida fui. Medito.
Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o
pensamento
Que se descobre.
Quem não me deu Amor,
não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e
sem Amigos,
Adrede.
* * *
Um velho, um jovem,
separados pelo acaso.
Lá fora a brisa,
o frio fino.
À luz do candeeiro
conversavam
a noite inteira.
O velho, jovem.
O jovem, triste.
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