sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cineastas

O filme “Tropa de Elite”, de José Padilha, ganhou o Urso de Ouro do 58º Festival de Berlim e é muito provável que esse diretor consiga sucesso similar ao de Fernando Meirelles e Walter Sales. Em 1998, no mesmo festival, a atriz Fernanda Montenegro recebeu o Urso de Ouro de melhor atriz pelo encantador “Central do Brasil”, filme que depois da premiação alemã, ganhou outros quarenta troféus mundo afora, o que nos faz pensar sobre os reais benefícios desses festivais.
Li vários textos sobre o filme, ouvi comentários entusiasmados de amigos, mas reconheço que ainda não assisti “Tropa de Elite”, por estar em fase de recuperação e evitar o quanto posso quaisquer cenas de violência, físicas e emocionais. Assistirei a esse filme mais tarde, o que não me impede de acompanhar o noticiário.
O presidente o júri do festival berlinense deste ano foi Costa Gavras, um dos meus cineastas favoritos. A filha dele, Julie Gavras, também é cineasta, segue a mesma trajetória do pai, mas com o diferencial marcante registrado na sutileza e sensibilidade de seu filme “A culpa é de Fidel”.
No aeroporto de Tegel, Luiz Carlos Merten, do Estadão, encontrou o famoso cineasta e perguntou se ele não se importaria de virar o pai de Julie Gavras. A resposta foi imediata: “Que pai se importaria?” e o comentário complementar do jornalista: O sorriso não deixa margem à dúvida de que Costa Gavras é o pai feliz de uma cineasta talentosa.

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