Mais uma vez um sonho indesejado pleno de detalhes e significados, que atormentou a noite e alguns poucos dias seguintes. É incrível sonhar com alguém jamais visto e que não se quer ver, que atropela e muda a vida da pior maneira possível, sobre quem se aprendem as piores referências, além de, infelizmente, nos obrigar a desacreditar valores e idéias fundamentais.
Que coisa incontrolável é essa, que nos faz entristecer até em sonho.
Parece que estamos em período de sonhos conturbados e desalentadores, porque duas pessoas queridas e próximas comentaram sobre o mesmo transtorno: Sonhos e sensações ruins que deles vieram.
Pensando bem, o sonho recente de uma querida amiga foi bem pior, porque – até agora, em dúvida se acordada ou adormecida – ouviu sons e ainda por cima, viu vultos.
Na manhã seguinte o mal estar era tão forte, que voltei ao pronto-socorro (depois da última experiência fui valente, ou, idiota o suficiente para insistir no conhecimento da causa e cura de tanto mal estar) para diagnóstico e medicação imediata, antes da ida ao escritório. Os mesmos sintomas, alguns agravados, novas possíveis causas e a certeza de mais exames e da opinião de especialista. O duro é segurar isso quieta, para não expor o que vai por dentro.
Dois dias depois toca o telefone e ensaio o início de um comentário, um desabafo necessário para encontrar força, carinho, mas ouço palavras agressivas e bem duras, mescladas com injustos gritos sobre culpa, que em momento algum pretendi fazer sentir. Fico triste e sem ação. Há tempos me pergunto que força ruim é essa, que impregna de tal forma negativa o bom sentimento e impede a realização do melhor. Não, não é força alguma, por que não há nada tão ruim que dure tanto tempo; é o medo, apenas o medo. Não é normal ligar só para destruir. Não é normal.
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