Eu nasci e ela tinha nove anos. Nos meus nove anos ela tinha dezoito e entre nós um abismo: a pirralha e a quase adulta. Estudamos no mesmo colégio de madres. Eu segurei vela sentadinha no banco de trás do mustang branco com banco de couro vermelho, durante seu namoro sério que virou casamento. Para os meus pais ela era a “nossa menina”, filha de amigos queridos. Hoje, a diferença não existe mais e somos mulheres com aspirações, sonhos, realizações, alegrias, esperanças, fé, cores e vida. Somos mães, fomos boas filhas, somos corajosas, ex-esposas, ela é irmã, tem noras e netas lindas. Tivemos meninos, ela dois e eu um. Ela se casou novamente com alguém que a faz feliz e realizada - e ela parece realmente feliz e realizada nas belíssimas imagens recebidas ontem, em vários e-mails ao longo da tarde que me fizeram tão bem e me deixaram com saudade, emocionada, além de renovarem minha esperança e alimentarem minha ideia sobre felicidade. Fiquei tão feliz por encontrá-la na internet, desconsiderar a distância entre a Europa e o Brasil, alterar o conceito de tempo e reconhecê-la irmã.
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