Eu gosto de assistir ao vivo a premiação do Oscar, torcer pelos meus favoritos, me emocionar com as reações dos escolhidos, apreciar os mais belos vestidos e smokings, e o raro porte elegante de poucos privilegiados, mas ainda me impressiono com o mau gosto e o exagero que impera.
Meryl Streep e Christopher Plummer eram meus escolhidos, é admirável o trabalho desses dois artistas ímpares. Confesso que a nomeação Max von Sydow, outro excelente ator, me fez pensar em um empate na categoria melhor ator coadjuvante, mas Plummer já merecia esse Oscar desde a sua impecável interpretação de Lev Tolstoi, em “The Last Station”, de 2009.
É na reação e expressão surpresa ou desapontada que os artistas nomeados abandonam as técnicas de interpretação assimiladas e se igualam ao público, tornam-se comuns.
Outro encanto desse premiação da indústria de entretenimento, que prima pela vaidade, beleza e juventude, foi a disputa inédita e abrangente, que incluiu dois atores octogenários, duas atrizes sexagenárias e dois galãs cinquentenários, todos ativos, bem sucedidos e com vários filmes realizados na última década. Esse não é o padrão do cinema americano e se o Oscar 2012 iniciou nova forma de considerar os profissionais mais experientes, então, há esperança na alteração do nosso próprio comportamento frente à velhice.
Agora, resta a apreciação dos filmes e dentre os premiados dois já haviam chamado minha atenção: “A Separation˜, de Asghar Farhadi, “Saving Face”, de Daniel Junge e Sharmeen Obaid-Chinoy, além do nomeado “Tinker Tailor Soldier Spy”, de Tomas Alfredson com a interpretação primorosa de Gary Oldman.
A surpresa da noite? Para mim foi ouvir o inesperado “se agapo poli” (eu te amo muito, em grego) dito pelo diretor-roteirista de “The Descendants”, Alexander Payne ou Alexandros Papadopoulos, filho de emigrantes gregos. Para as melhores fotos dos participantes do Oscar 2012 acesse o link da academy awards
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