a mais perfeita sensação do gozo,
eleve os olhos e diga
Assim.
E quando alguém mencionar
a graça do céu noturno,
suba no telhado, dance, e diga
Assim?
Se alguém quiser saber o que é
o espírito, ou a essência de Deus,
incline a fronte em sua direção,
mantenha o rosto colado
assim.
E quando alguém evocar a velha poesia
das nuvens que, aos poucos, encobrem a lua,
afrouxe pouco a pouco os nós da tunica.
Assim?
Se alguém quiser saber como Jesus
levantou os mortos das tumbas,
não tente explicar o milagre.
Beije seus lábios.
Assim. Assim.
E quando alguém perguntar
o que é morrer por amor,
faça um sinal
aqui.
Se alguém quiser saber quão alto é,
hesite, e meça com seus dedos
os espaços entre as rugas da sua testa.
Deste tamanho.
A alma às vezes larga o corpo,
e então retorna. Se alguém não acreditar,
volte para a minha morada.
Assim.
Quando os amantes sussurram,
estão contando a nossa
história
Assim.
Eu sou um céu onde espíritos vivem.
Mergulhe neste azul profundo
onde a brisa espalha segredos
Assim.
Quando alguém perguntaro que
há de se fazer,
acenda a vela em suas mãos.
Assim.
Como o perfume de José
chegou a Jacó?
Shhhhhhh!
E como retornou
o suspiro de Jacó?
Shhhhhhh!
A brisa suave limpa os olhos.
Assim.
Quando Shams retornar de Tabriz,
seu rosto há de mostrar-se atrás da porta,
e nos surpreenderá.
Assim.”
Obrigada, amigo Felipe, pelo lindo poema.
Sentimos mais Rumi e aprendemos algo
sobre os dervishes em Kônia, na Turquia.
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